A noite de terça-feira consagrou dois campeões no basquete. O Tau Ceramica, do pivo Tiago Spliter passou por cima do AXA FC Barcelona e levou o título espanhol com a mesma autoridade que o Flamengo superou o Universo/Brasília, conquistando o primeiro título nacional do clube na modalidade.
Tiago não foi tão decisivo como nas duas partidas anteriores mas merece muito do crédito dessa conquista basca. Há anos o pivô é um dos destaques da equipe e já foi objeto de um par de posts aqui neste blog.
Já o Flamengo traz algumas novidades. O título brasileiro parabeniza o investimento do único clube grande em basquete. Não sei se essa é bem a "solução" da modalidade, tendo em vista que em São Paulo o basquete no interior tem uma tradição muito mais forte que no Rio de Janeiro. Mas seria legal de ver os clubes grandes investindo na bola laranja de uma maneira constante e duradoura. Não em iniciativas pontuais e efêmeras, como aconteceu há pouco tempo no Corinthians, por exemplo.
Destaque para o lateral Marcelinho Machado. O cara começou mal a partida, errando muito, mas ele é dono do time, tem moral, auto-confiança e sabe que um jogo de basquete deve ser jogado até o fim. E foi o que ele fez. Jogou o jogo até o fim e, enquanto não achava seu arremesso, foi metendo seus lances-livres. Todos os seus 21 lances-livres, diga-se de passagem. No último quarto as coisas aconteceram para ele e o cara meteu 24 de seus 40 pontos nos dez minutos decisivos.
Eu não sou nenhum fã do Marcelinho. Aliás, estou mais para crítico que para admirador. Marcelinho joga um basquete arriscado para qualquer equipe por conta de seus arremessos forçados. No Flamengo, que conta com pivôs melhores que do Universo, essa atitude não pesa tanto quanto numa seleção brasileira, numa disputa de altíssimo nível, em que paga-se caro por erros baratos. Na terça-feira, entretanto, tudo deu certo pra ele no final. Soma-se a isso um final de partida mal administrado pela equipe de Brasília e seus dois experientes armadores (Ratto e Valtinho). Resultado, Flamengo merecidamente campeão brasileiro.
É lamentável, entretanto, ver dois campeonatos ditos "nacionais" dividirem a força do basquete nacional e mais, dividindo a audiência da modalidade, visto que foram transmitidos na mesmíssima hora por dois canais distintos. Da briga, das bombas, das torcidas organizadas, da confusão, da invasão de quadra, isso eu nem vou falar. Fábio Balassiano e o Rodrigo Alves já o fizeram com muita propriedade em seus respectivos blogs. Talvez eu não tenha a mesma paciência. Sorry.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Noite de campeões
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