quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

50 anos jogando simples

Sábado passado ele fez 50 anos. Não acompanhei muito bem a repercussão nos telejornais mas nem precisa, a cobertura deve ter sido um pouco assim...

Canal de televisão a cabo transmite as imagens do Pan de Indianápolis que, mais por repetição que por reconhecimento, tornaram-se inesquecíveis. Enquanto isso Oscar conta sua história, fala que treinava mais de mil arremessos por dia, que ama o Brasil e que ama a seleção. Ao fundo começa uma música melosa e Oscar começa a chorar. Oscar diz que é a pessoa mais feliz do mundo porque foi pago para jogar basquete, a coisa que ele mais amava. Depois do Brasil e depois da seleção, claro.
É sempre a mesma ladainha, é verdade, mas Oscar é um pouco assim também. Sempre foi genial em sua simplicidade. Foi certamente um dos maiores arremessadores da história. E só. Simples assim.

O Mão-Santa fez uma carreira arremessando bolas. Nunca foi reconhecido pela defesa, passe, rapidez ou qualquer outro fundamento... era simples: eu arremesso e vocês jogam. Confesso que quando era adolescente e começava a jogar basquete chamar alguém de "Oscar" não era bem um elogio. Claro, que moleque que assistisse à Michael Jordan ou Dominique Wilkins admiraria um quarentão que na década de 90 se arrastava em quadra? Pois eu não era diferente.

Hoje não sei se aprendi mais sobre a vida ou sobre basquete, mas admiro o Oscar. Talvez ele não tenha sido o astro da NBA (que na verdade nunca quis jogar) que nós adolescentes dos anos 90 queríamos, mas ele foi foda.

Nascido em Natal, a formação "basquetebolística" de Oscar não se comparava com a de um americano na high school ou na universidade. Assim, ele fez o que pôde neste contexto, treinou, treinou, treinou e virou um dos melhores chutadores do mundo. Simples assim. Estabeleceu isso como uma meta na vida, tanto que casou-se com a primeira mulher que aceitou pegar seus rebotes nos treinos solitários. Simplesmente perfeito.

Oscar nunca foi um artista. Artista foi Magic Johnson, Michael Jordan, caras que faziam de tudo um pouco e mudaram a maneira de se jogar basquete. Oscar foi mais um artesão. Aquele cara que, por meio da repetição, aperfeiçoa aquilo que ele faz de melhor e supera seus limites.

Com 20 anos foi campeão mundial de clubes. Ganhou o Panamericano debaixo da barba dos gringos, em plena e histórica capital do basketball, Indianápolis. Foi pra Europa onde ganhou tudo na Itália, e é idolatrado. Mas o que é realmente admirável é que, enquanto hoje em dia a gente faz do cu candelabro para classificar para um Olimpíada, o cara já jogou cinco Jogos. Merece algum respeito, não?

Jogar simples não é nada fácil. Poucos o conseguem. Ter sucesso jogando simples é ainda mais difícil. Parabéns, Oscar.

(créditos: caricatura de Fernando - 18o Salão Carioca de Humor,
fotos http://www.oscar14.com.br)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"The Manu Flop"

Certo, certo. Ninguém aqui duvida da habilidade, competência e talento de Manu Ginobili. Mas uma coisa é inegável, o cara cava muita falta. Veja bem, isso não é um elogio. No basquete tem hora de defender, tem hora de fazer falta e tem hora de cavar falta, o problema é que nuestro hermano exagera tanto nas suas tentativas que já está ficando com má fama na liga.

Esse vídeo foi feito para playoff de 2006, mas de lá pra cá pouca coisa mudou na atuação de Manu. Digno de uma estatueta da Academia. Divirtam-se.

"Se eu fosse outra pessoa e olhasse para mim, eu me acharia um idiota também" (Parte 2)

O perfil abaixo foi escrito originalmente em 22 de maio de 1987, por um renomado jornalista esportivo norte-americano chamado Mitch Albom e republicado no dia 21 de janeiro de 2008, no site freep.com. A tradução em inglês foi feita por mim, portanto peguem leve nas críticas.

Segue a segunda e última parte do texto.

MITCH ALBOM FLASHBACK: Bill Laimbeer é o inimigo público número 1 - exceto em Detroit
PARTE 2

E ainda há uma surpresa para Bill Laimbeer, um sentimento que -- não importa quantas vezes fale com ele -- sempre te dá a impressão de que você estava próximo a descobrir uma faceta totalmente diferente deste cara.

"Sabe, eu na verdade nem gosto muito de basquete", ele diz de repente, enquanto pega um copo de suco de laranja. "Não é divertido ir somente jogar basquete. A competição em um jogo de verdade é divertida. Mas só jogar por jogar? Isso é bobo”.

“Isiah gosta desse tipo de coisa. Eu não sou bom nisso. Tudo que esses caras fazem é firula e enrolação, correr e arremessar. Eu sou péssimo nisso. Eu preciso de árbitros".

Sim, dizem seus críticos. Ele precisa árbitros como um comediante precisa da platéia. Não há espetáculo sem ela. Este, no fim das contas, é o homem que a revista Sports Illustrated batizou de "um sucesso desastroso" e "mestre na teatralização da queda".

Mas o que Laimbeer está dizendo é que ele precisa das regras. Assim, ele pode corrompê-las.

Goste dele ou não, aqui está um jogador de habilidade limitada que descobriu até onde ele pode ir. Um patinho feio solto em uma fábrica de maquiagem. "Desde que eu não rompa as regras", ele diz.

Então qual é a desse cara? Você pode listar 100 coisas que odeia nele. Mas não se preocupe, ele vai listá-las para você. E por que alguns de nós ainda o achamos, assim, meio intrigante?

Talvez seja a idéia que o crime mais odioso é fingir que você é algo que você não é. Nisso, Bill Laimbeer é completamente inocente. Diferente da maioria de nós, ele expõe claramente seus defeitos. Suas boas qualidades, como uma bela ceroula, ficam escondidas. "Ele causa uma terrível primeira impressão", diz Steve Glassman, 34, um dono de restaurante de Cleveland e amigo de Laimbeer. "Certa vez eu o apresentei a algumas pessoas e elas saíram dizendo 'Como o cara consegue ser desse jeito?'. Mas eles não conheciam Bill. E ele não se importa, ou pelo menos diz que não se importa".

Apesar de cometer alguns exageros, Lainbeer mantém-se firmemente fiel à sua despreocupada visão de mundo. Ele não tenta enquadrar-se na decolada subcultura negra de seus colegas de NBA. Ele não tenta fazer ganhar amigos nem influenciar as pessoas.

"Você tem uma consciência?", eu lhe pergunto.

Ele pensa. "Uh... bem... a respeito de quê?"

Essa é uma resposta original.

"Ok, basquetebol", eu digo. "Você tem uma consciência enquanto joga basquetebol".

"Não".

Ele nem sequer hesitou.

"E fora da quadra?".

Agora ele hesita.

"Bem... sim... eu acho".

Nada como dar sempre o melhor de si.

Aqui vai algo que você provavelmente não saiba sobre Bill Laimbeer. Quatro anos atrás, ele e sua mulher, Chris, perderam seu primeiro filho ainda bebê. Ele nasceu prematuro, viveu dois dias, e morreu. "Nós o enterramos e demos nosso adeus", diz

Lainbeer falava, ironicamente, no aniversário da morte de seu filho.

Ele não aproveita o assunto do filho para começar um discurso de como ele é incompreendido. Poucas pessoas sequer conhecem a história, porque Laimbeer achou que não era do interesse de ninguém. Ele admite que chorou, se é que isso faz diferença. Mas neste momento ele não demonstra qualquer sentimento.

"Ele sentiu essa perda mais do que ele deixa transparecer", diz Glassman, que estava com Laimbeer no hospital naquele dia. "O tempo todo ele estava preocupado com Chris, conosco, com todos os demais. Dizia que nós não devíamos estar tristes. E deixou o resto para ele mesmo".

"Eu lembro daqueles momentos e ouço as pessoas dizendo que ele é o jogador mais problemático da Liga, e, eu não sei, simplesmente não posso juntar as duas pessoas".

E esse é o paradoxo do homem que as pessoas amam odiar. Assim que você se convence que ele é um cético egoísta dos tênis à cabeça, alguém te conta uma história. Seu torneio de golfe de caridade. Um presente surpreendente que ele pagou. Alguma coisinha simples. E você olha pra ele, desconfiado, com aquele olhar que diz eu-sei-algo-que-você-não-sabe, e você diz, "Está bem...".

"Eu não deixo as pessoas se aproximarem de mim", ele admite. "Eu sempre quero uma área de escape".

"Será por que você tem medo que descubram que o que está aí dentro não é merecedor de toda essa atenção?".

E ao invés de rir da psicologia de boteco presente em minha pergunta, ele diz calmamente, "Sim, é possível".

Mas há mais que apenas um garoto solitário e com cara de mau atrás desse uniforme número 40. Também há isso: Laimbeer é fundamental para o sucesso dos Pinstons. Olhe as estatísticas dos jogos. Isiah Thomas pode estar com a mão quente como lava ou gelada como a de um esquimó; mas com os ajustes certos, os Pinstons ainda podem vencer. Mas se Bill Laimbeer tiver uma noite ruim, else quase nunca vencem. "Os números dizem isso", diz o técnico dos Pinstos Chuck Daly.

E ainda assim isso é algo que Laimbeer raramente menciona. Seus discursos são quase sempre sobre o time, o que o time pode fazer. Seria isso um lapso de... humildade?

“Nem todos podem ser um herói e um cara legal como Isiah", ele diz. Bem, isso soa um pouco como frustração. Um pouco.

Então o que você fará sobre esse assunto? Você pode odiar esse cara ter certeza que ele é preguiçoso e cínico e um chorão e que joga pelas estatísticas e provocador, perturbador, irritante e um cuzão. Mas você não sabe tudo.

E essa estranha impressão que diz que ele talvez seja mais esperto que tudo isso faz você despedir-se de Bill Laimbeer convencido de que você realmente o compreende. E é isso mesmo que ele quer. Dê-lhe suas vaias, suas provocações. Suas uvas.

"Eu nunca serei pequeno e discreto", ele diz. "Então descobri que talvez eu posso desempenhar o papel que já está aí para mim. As pessoas não vão mudar de idéia a meu respeito. Eu posso ir ao Boston Garden durante seis anos e fazer 60 pontos todos os jogos e eles ainda vão pensar que eu era um otário. Então esqueça".

Aí vai o Sr. Popularidade para outro jogo. Quem te incomoda, baby?

Todos esperam que ele empurre, trombe, reclame e provavelmente seja eleito mais algumas vezes para o All-Star Team. Mas sabe o que eu espero? I espero algum dia acidentalmente trombar com Bill Laimbeer em algum lugar, num mercado, ou numa creche, ou em uma esquina tranqüila do Silverdome, e flagrá-lo num ate de bondade.

E eu vou fazê-lo um favor. Não vou contar a ninguém.

"Se eu fosse outra pessoa e olhasse para mim, eu me acharia um idiota também" (Parte 1)

Essa frase foi dita por Bill Laimbeer, um dos atletas mais odiados da NBA em todos os tempos. E isso não é um exagero.

Antipático, mau-humorado, brigão e truculento, Laimbeer encarnava a alma de uma equipe que não à toa era chamada de Bad-Boys. Na entressafra do talento de Magic Johnson e Larry Bird nos anos 80 e a dinastia de Michael Jordan nos anos 90, o Detroit Pistons e seus caras maus ganharam vaias, xingamentos, desprezo e dois títulos da NBA (1989 e 1990).

Ao lado de Isiah Thomas, Joe Dumars, Dennis Rodman, e outros comparsas, Bill Laimbeer conseguiu captar o ódio de seus adversários, da opinião pública e de todo um país contra um basquete físico e pouco inspirado. Em Boston e Nova Yorque, seus rivais diretos na Conferência Leste, Bill Laimbeer era especialmente objeto da repulsa dos cidadãos, a ponto do grupo Beastie Boys dedicar-lhe uma canção nada simpática, chamada Tough Guy. A letra é quase tão pesada quanto o pivô dos Pistons e não será traduzida em respeito aos menores de idade que talvez leiam este blog.

Hoje Bill Laimbeer é um bem-sucedido técnico bicampeão de WNBA pelo Detroit Shocks e seu comportamento no banco não lembra em nada o bad-boy que marcou o final dos anos 80.

***

O perfil abaixo foi escrito originalmente em 22 de maio de 1987, por um renomado jornalista esportivo norte-americano chamado Mitch Albom e republicado no dia 21 de janeiro de 2008, no site freep.com. A tradução em inglês foi feita por mim, portanto peguem leve nas críticas.

MITCH ALBOM FLASHBACK: Bill Laimbeer é o inimigo público número 1 - exceto em Detroit
PARTE 1

"Se eu fosse outra pessoa, e olhasse para mim? Eu me acharia um idiota também."
Bill Laimbeer

BOSTON - Espere. Não me diga. Você odeia esse cara. Ele é teimoso, truculento, um moleque mimado, um ator, um grosseiro, não pode saltar, não pode dar tocos, corre como uma veada prenha, seu nariz é afiado e quando ele cumprimenta alguém parece a inauguração do acampamento dos nerds.

"Quem se importa?", diz Bill Laimbeer, sentado do outro lado da mesa do café-da-manhã. Ele estica seus longos braços em minha direção. "Vou comer umas das suas uvas. Obrigado".

É verdade. Quem se importa? Tome uma uva. Apenas doze horas antes, durante um jogo de playoff no Boston Garden, Laimbeer, o pivô dos Pistons, foi unanimemente vaiado, xingado, desprezado; a chuva de ódio caiu sobre Boston. Quem se importa? Durante a série de playoff anterior, em Atlanta, um ginásio lotado entoava uníssono "LAIMBEER É UM BOSTA!". E, depois que Detroit eliminou os Hawks, alguém jogou um copo de cerveja na sua cara.

Quem se importa? Olhe, é o Sr. Popularidade!

"Eu faço o que tenho que fazer. Este é minha maneira de jogar. Eu trombo nas pessoas. Não sou liso. Sou trombador. É por isso que as pessoas não gostam de mim”.

Ele dá um sorriso amarelo. "Essas uvas são ruins".

William Laimbeer Jr. Parafraseando Kojak: Quem te incomoda, baby? Alguém mais além desse cara? A menos, claro, que você seja um torcedor dos Pistons. E mesmo assim...

O que há nele que te incomoda tanto? Ou melhor. O que há que não te incomoda tanto?

Ele é uma estrela da NBA que nunca pisou numa quadra de playground do gueto, um garoto rico que ganhou um carro nos seu 16o aniversário, que foi reprovado em Notre Dame quando novato ("dormia muito ali"), que largou seu único bico depois de duas semanas de trabalho; um cara que é sarcástico, ácido, reclamão, chorão, que preferiria estar jogando golfe, e que admite: tira suas roupas sujas e as deixa em qualquer lugar da casa, esperando que sua mulher as recolha.

Você já está pronto pra dar uma surra nele?

E olhe. Ele está sorrindo. Este é o lance com Bill Laimbeer. Você joga seus defeitos na sua cara e ele ri como uma criança no berço. É isso que faz você balançar a cabeça e dar uma risada cada vez que você for insultá-lo? Isso que o ego de Laimbeer tem de mais curioso, que ao invés de proclamar sua grandiosidade, parece incentivá-lo adiante, batendo no peito e gritando "EU SOU... MEDíOCRE!"

Quem te incomoda, baby? Laimbeer é ofendido pelos pivôs adversários em programas de rádio (como Johnny Most dos Celtics, que disse: "Ele é um falso, um flopper*, ele machuca as pessoas, eu não gosto dele"). E apesar disso, Isiah Thomas, un anjo queridinho de todos, diz que Laimbeer é seu melhor amigo.

O que nós temos neste quebra-cabeça de 2m10 e 118 quilos é um enorme mal-entendido ou o cara mais cuzão do mundo. Ou algo entre os dois. É verdade, se não dar a mínima for um pecado, Bill Laimbeer é culpado sem discussão. Como uma criança na Casa dos Espelhos, ele vê todos seus reflexos ordinários, e eles só lhe estraçalham.

"Veja, eu nunca conseguirei voar pelo ar como alguns caras nesta Liga", diz o pivô que ainda tenta ser campeão de rebotes esta temporada (**), com média de 15,4 pontos e 11,6 rebotes por jogo e um arremesso de longa distância digno de um talentoso armador -- e que é um jogador fundamental se os Pistons esperam vencer a final da Conferência Leste contra Boston. "Eu me liguei bem cedo que eu não seria um dos melhores da história".

"Então, eu faço o que eu preciso para sobreviver. Eu empurro as pessoas. Se um cara está indo para o seu lugar predileto em quadra, eu paro no seu caminho, eu trombo nele, eu não o deixo chegar lá. Eu trombo, trombo, trombo".

"No entanto eu me divirto com minha reputação de durão. Eu nunca brigo. Eu fujo da briga. Eu posso ter algumas discussões, mas elas nunca são brigas de verdade".

Laimbeer, claro, deu a essas platéias adversárias mais que um simples trombo para se lembrarem. A última vez que os Pistons encontraram os Celtics nos Playoffs (1985), Laimbeer foi atirado ao chão por Robert Parish e levantou dando socos (e errando). E depois de uma insinuação de Larry Bird que Boston ia ganhar a série, Laimbeer encontrou o famoso lateral durante a segunda vitória dos Pistons e gritou, "Onde está sua bola de cristal agora, bruxinha?".***

Já no primeiro jogo da série, ele provocou uma falta técnica em Parish.

Portanto, ele não vai ganhar nenhum ingresso grátis para ir ao Boston Garden. Nem para nenhum outro lugar. A placa de seu carro deveria dizer "Nascido para irritar". Ele empurra. Ele provoca. Quando ele é apresentado em quadra, corre e aponta para os companheiros (nada de cumprimentos) com essa expressão de mandíbula fechada que deveria ser sua cara de mau, mas que na verdade aparenta que ele quer ir ao banheiro.

"Se você fosse outra pessoa jogando contra Bill Laimbeer, você gostaria de dar um belo murro na sua cara?".

"Yeah", ele diz "Eu acho que sim".

Caso encerrado.

(*) flopper é aquele jogador que o tempo todo se joga para cavar faltas
(**) Laimbeer conseguiu o título na temporada 86-86
(***) tradução livre

Bom começo para 2008

Confesso que só fiquei sabendo quando li a notícia no DraftBrasil. A ESPN começou o ano transmitindo partidas do campeonato universitário norte-americano. Para quem está acostumado a ver a NBA, vai achar o nível técnico do basquete universitário baixo, e de fato é, mas você jamais vai ver tanta raça e disposição em quadra numa partida profissional.

A ESPN começou em grande estilo, com o clássico entre North Carolina e Duke. Por enquanto a emissora está passando as finais das conferências, mas a expectativa é que eles transmitam também o torneio da NCAA, que começa em Março.

Para que você não perca nenhuma busquei os horários dos jogos dessa semana. São três no total:
11/02 | 00h00 - Texas Longhorns x Kansas Jayhawks, válido pela Big 12 Conference
12/02 | 00h00 - Vanderbilt University x University of Kentucky, válido pela Southeastern Conference
14/02 | 00h00 - University of Iowa x University of Michigan, válido pela Big 10 Conference

Vale a pena dar uma olhada principalmente na partida dos Kansas Jayhawks, ranqueados entre as 5 melhores equipes do país, e dos Texas Longhorns, que oscilam entre as dez melhores equipes dos EUA.

E se você ficou com muita vontade de ver mais jogos universitários, dê uma olhada no site do NCAAsports, onde ainda há sorteios de passes VIPs para assistir todoas as partidas do torneia da NCAA grátis, pela internet.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Copa del Rey e as maravilhas da internet

Começou hoje segundo torneio mais importante do basquete espanhol. A Copa del Rey marca a metade da liga espanhola e reúne as melhores oito equipes num mata-mata de jogo único. Ou seja, começou hoje, e já termina domingo.

A Copa del Rey me interessa mais para ver como se comportam dois dos melhores jogadores brasileiros na atualidade. Tiago Splitter, esse já com seus dias europeus contados após ser draftado pelo San Antonio Spurs, é um dos jogadores-chave do Tau Ceramica e sua equipe é a segunda colocada da Liga. Outro que merece atenção no torneio é Marcelinho Huertas. Sua equipe, o iurbentia Bilbao Basket, é a surpresa do campeonato, chegou a liderar a Liga mas hoje ocupa a quarta colocação.

As duas equipes venceram seus adversários neste primeiro dia de torneio. O Tau Ceramica bateu o Unicaja e o Bilbao Basket passou pelo atual campeão da Copa AXA F. C. Barcelona. Enquanto Tiago Splitter teve atuação apagada, Marcelinho foi o grande nome do jogo pela equipe basca, anotando 18 pontos, 8 assistências e "deixando sua pitada de magia para liderar seus colegas para a vitória", segundo escreveu o jornalista Pablo Malo de Molina, no site da ACB.

O torneio segue com partidas na sexta, sábado e domingo. Como ver esses jogos? Bom, nenhum canal de televisão, aberta ou por assinatura vai transmití-lo, mas a internet sempre nos reserva algumas surpresas. Uma delas é o site Rojadirecta, onde você pode assistir essas partidas ao vivo, bem como também partidas da NBA.

Visite o site e encontrará eventos esportivos e partidas que jamais veria aqui na telinha brazuca. Não me pergunte como isso é possível ou se tal procedimento é legal. Eu simplesmente puxo uma cadeira, sento em frente meu monitor e lavo minhas mãos.