domingo, 20 de janeiro de 2008

Nem um nem outro

Ao contrário do que foi dito no post anterior e no jornal Marca, nem Moncho López nem Manel Comas irão dirigir a seleção brasileira no pré-olímpico de Atenas. A bomba caiu na mão do também espanhol Jose Manuel Moncho Monsalve.

Não se espante, leitor, se você nunca ouviu desse nome na sua vida. Enquanto os dois técnicos citados pelo jornal espanhol tinham no currículo títulos expressivos ou aparições marcantes à frente da seleção espanhola, o Moncho que sobrou pro Brasil tem no seu glorioso histórico passagens pela inexpressiva seleção da Suiça e pela Republica Dominicana.

A sensação é de fim de feira. Desesperado por um técnico, levamos para Atenas o que sobrou dentre tantas e melhores opções. Segundo a CBB era uma lista de 120 nomes, e escolheram justamente o ex-técnico da seleção sub-21 do Marrocos para, em menos de um mês, colocar em quadra uma equipe capaz de superar as seleções de Alemanha, Grécia, Croácia, Eslovênia e Porto Rico, para citar as mais fortes. Lembrando que restam apenas três vagas para Pequim-2008.

Mas pensemos positivo. O técnico espanhol disse em entrevista (bem meia-boca, diga-se de passagem) ao site da CBB que conhece os jogadores brasileiros. De fato, na Espanha são vários brazucas, entre eles Tiago Splitter e Marcelinho Huertas. Varejão também teve passagem por terras catalãs, e outros brasileiros na Europa podem ser vistos atuando pela Euroliga. Ele reiterou a necessidade de trabalhar a ataque meia-quadra, cinco-contra-cinco, um aspecto que de fato deixamos muito a desejar. Outra vantagem seria o idioma, um técnico espanhol será mais fácil de se comprender que um sérvio, por exemplo.

De qualquer modo, a escolha do ex-técnico da seleção da Tunísia para dirigir a seleção brasileira na sua última chance de escapar à triste marca de 12 anos sem participar de uma Olimpíada não foi das mais felizes. A CBB conseguiu tirar o técnico da função de cartola da Federação Espanhola para colocá-lo no banco da equipe mais importante que já dirigiu. Por incrível que pareça, aos 63 anos de idade, o quase-aposentado Moncho Monsalve atinge com o Brasil o auge da sua carreira.

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