segunda-feira, 17 de março de 2008

March Madness

Por fim, chegou aquela época do ano que nós estávamos esperando. Eu pelo menos estava. Dia 20 começa o NCAA Tournament, o mata-mata do basquete universitário americano. É a fina flor do basquete não-profissional nos EUA. It´s March Madness!

Depois de jogar a temporada "regular" em partidas dentro de sua conferência, um seleto comitê de jornalistas, técnicos e pessoas ligadas ao esporte seleciona as 65 melhores equipes do país. Durante duas semanas eles vão matar e morrer por uma vaga no Final Four, e no dia 7 de maio saberemos quem é a melhor equipe universitária dos EUA.

Mais que uma simples competição nacional, o torneio da NCAA desfruta de verdadeiro culto nos EUA. Por duas semanas, o país com a melhor liga profissional do mundo volta seus olhos para algumas centenas de semi-desconhecidos. Jornais, sites da internet, revistas, nas escolas, no trabalho, todos organizam suas brackets e apostam suas fichas tentando adivinhar quem será o próximo campeão nacional. Algo bem parecido com nosso bolão de Copa do Mundo, exceto pelo fato que acontece todo ano.

Ali, naquele período de 18 dias, forjam-se heróis fugazes. A cinderella, o que nós chamamos de zebra, sempre dá as caras e nada mais normal que a melhor equipe do país cair ante a pequena universidade do meio-oeste norte-americano. O cestinha e futura estrela da NBA ser apagado por uma equipe de branquelos desconhecidos. O torneio está cheio dessas histórias. É um dos poucos momentos em que o basquete, a exemplo do futebol, abre espaço para o imponderável.

Esse é o diferencial do torneio da NCAA. Espere o inesperado. Os atletas anônimos têm a chance única de escrever seu nome na história com pinceladas de sangue suor e lágrimas, enquanto os candidatos à estrela da NBA têm que provar que estão preparados para o próximo nível. As partidas são jogadas com paixão e, ainda que a técnica não se iguale à dos profissionais, você não verá intensidade igual nem no sétimo jogo da final da NBA.

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