terça-feira, 25 de março de 2008

Reta final na Europa

Terminou na última semana a segunda fase da Euroliga, o torneio que ninguém aqui no Brasil vê, mas que só não é o melhor do mundo porque existe a NBA. Nada contra a liga norte-americana, mas o basquete que se joga lá na Europa tem muito mais a ver conosco, que também jogamos sob as regras da FIBA.

Esta segunda-fase era composta por 16 equipes e, chegando na última rodada, ainda havia muito que ser decidido. Como não podia deixar de ser, não faltaram surpresas. A principal delas foi a vitória do Partizan Igokea sobre os atuais campeões Panathinaikos, da Grécia. Jogando em casa, a equipe sérvia bateu os gregos por 82 x 73 e avançou para as quartas-de-final. Para dar ainda mais emoção no torneio, o trono está vago para um novo campeão...

Outro resultado atípico foi a derrota do Tau Ceramica, da Espanha. A equipe de Thiago Splitter, invicta ao longo de toda a segunda-fase, foi vencida pelos turcos do Fenerbahce Ulker. Para os espanhóis do Tau Ceramica a derrota não mudou muita coisa e eles passam para as quartas-de-final com a melhor campanha do torneio. No entanto, para os turcos a vitória representou a classificação para a próxima fase, uma vez que os lituanos do Lietuvos Rytas perderam para o Aris TT Bank.

Em Atenas, o Real Madrid bem que tentou, mas não conseguiu derrotar o Olympiakos dentro de casa. Com o resultado os gregos avançam e a equipe merengue perde a chance de participar do Final Four em casa. O Final Four, em Madrid, está previsto para o início de maio.

Vejam como ficaram os confrontos melhor-de-três das quartas-de-final, que acontecem nos dias 1 e 3 de Abril (e 10, se necessário):

Montepaschi X Fenerbahce Ulker
Tau Ceramica X Partizan Igokea
Maccabi Elite X AXA FC Barcelona
CSKA Moscow X Olympiakos
O Brasil está representado por Thiago Splitter, do Tau Ceramica, e Alex Garcia, do Maccabi Elite, que vem aumentando seu tempo de jogo progressivamente. Contra o Barcelona ele certamente terá seus minutinhos pra mostrar serviço. Por fim, vale a pena ver o clássico confronto entre CSKA Moscow e Olympiakos da Grécia. Apesar de viverem momentos diferentes (os russos são favoritos enquanto os gregos classificaram-se com uma vitória suada sobre os madrilenhos na última rodada), esta partida será espetacular. Fica a torcida para que a ESPN transmita os jogos, se não ao vivo, em um horário um pouco mais humano que as 3h da manhã de sexta-feira, coisa que aconteceu na última semana.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Fill your bracket!

É pra todo mundo brincar.
Como eu disse no post anterior, durante a época do torneio de basquete da NCAA é comum cada um preencher sua tabelinha de resultados. A exemplo dos bolões da Copa do Mundo, em alguns brackets você pode ganhar uma bela grana se mandar bem nas escolhas.

O blog, entusiasta do basquete universitário que é, não vai ficar de fora e criou o próprio grupo pra participar da brincadeira. Você leitor, trate de correr e dar seu palpite. Se você mandar muito bem pode ganhar até 5 milhões de dólares.

Clica lá.
http://tournament.fantasysports.yahoo.com

Ou aqui.
http://tournament.fantasysports.yahoo.com/t1/register/joinprivategroup_assign_team?GID=116126
Na área do password é só deixar em branco.

E boa sorte.

March Madness

Por fim, chegou aquela época do ano que nós estávamos esperando. Eu pelo menos estava. Dia 20 começa o NCAA Tournament, o mata-mata do basquete universitário americano. É a fina flor do basquete não-profissional nos EUA. It´s March Madness!

Depois de jogar a temporada "regular" em partidas dentro de sua conferência, um seleto comitê de jornalistas, técnicos e pessoas ligadas ao esporte seleciona as 65 melhores equipes do país. Durante duas semanas eles vão matar e morrer por uma vaga no Final Four, e no dia 7 de maio saberemos quem é a melhor equipe universitária dos EUA.

Mais que uma simples competição nacional, o torneio da NCAA desfruta de verdadeiro culto nos EUA. Por duas semanas, o país com a melhor liga profissional do mundo volta seus olhos para algumas centenas de semi-desconhecidos. Jornais, sites da internet, revistas, nas escolas, no trabalho, todos organizam suas brackets e apostam suas fichas tentando adivinhar quem será o próximo campeão nacional. Algo bem parecido com nosso bolão de Copa do Mundo, exceto pelo fato que acontece todo ano.

Ali, naquele período de 18 dias, forjam-se heróis fugazes. A cinderella, o que nós chamamos de zebra, sempre dá as caras e nada mais normal que a melhor equipe do país cair ante a pequena universidade do meio-oeste norte-americano. O cestinha e futura estrela da NBA ser apagado por uma equipe de branquelos desconhecidos. O torneio está cheio dessas histórias. É um dos poucos momentos em que o basquete, a exemplo do futebol, abre espaço para o imponderável.

Esse é o diferencial do torneio da NCAA. Espere o inesperado. Os atletas anônimos têm a chance única de escrever seu nome na história com pinceladas de sangue suor e lágrimas, enquanto os candidatos à estrela da NBA têm que provar que estão preparados para o próximo nível. As partidas são jogadas com paixão e, ainda que a técnica não se iguale à dos profissionais, você não verá intensidade igual nem no sétimo jogo da final da NBA.